O alongamento é uma das áreas mais menosprezadas do treinamento. Se você observar um leão ao acordar de uma soneca e levantar-se, verá que ele imediatamente alonga todo o corpo em todo o seu comprimento, preparando cada músculo, tendão e ligamento para uma ação imediata e brutal. O leão sabe instintivamente que o alongamento prepara sua força.
As estruturas do músculo, do tendão, do ligamento e da articulação são flexíveis. Elas podem enrijecer-se, limitando a amplitude de movimento, ou podem alongar-se, possibilitando uma amplitude de movimento maior e a capacidade de contrair fibras musculares adicionais. É por isso que alongar antes de treinar permite que você treine mais duro.
O alongamento também torna seu treinamento mais seguro. Um músculo pode contrair-se, mas não pode alongar-se sozinho: ele tem que ser alongado pela tração de um músculo oposto. Quando você treina com uma amplitude de movimento completa, o músculo que está contraindo alonga automaticamente o seu oposto. Por exemplo, quando você realiza roscas, o bíceps contrai-se, e o tríceps alonga-se. Quando você realiza extensões de tríceps, ocorre o contrário.
Mas isso não é suficiente. Os músculos contraídos contra-resistência pesada tendem a encurtar com o esforço. Portanto, o alongamento antes do treinamento – para permitir que você treine mais duro e com segurança – para estender aqueles músculos tensos e cansados.
Tão importante quanto alongar antes e depois de uma sessão de exercícios, também é essencial realizar certos tipos de alongamento durante o treinamento. Flexionar e fazer poses com os músculos entre séries, assim como alongar certos músculos entre uma série e outra.
Afinal, são detalhes que fazem a diferença.
Não recomendo despender tempo e energia em excesso alongando, a menos que você tenha um problema grave de flexibilidade ou esteja tentando reabilitar uma área lesionada.
O alongamento requer movimentos lentos e brandos, mantendo-se na posição por 30 segundos ou mais. Quanto mais tempo você levar alongando, mais flexível ficará.