Quantas horas eu preciso dormir? Veja o tempo ideal para cada idade

Quantas horas eu preciso dormir? Veja o tempo ideal para cada idade

Para praticantes de exercícios físicos o sono ou recuperação é uma fase de extrema importância. Uma boa recuperação resulta em excelentes resultados. O sono é algo individual mas existem médias de tempo por faixa etária descubra aqui se você está dormindo o suficiente para que se otimizem os seus resultados.

Dormir recarrega as baterias e é de graça: tem coisa melhor? Brincadeiras à parte, o sono é importantíssimo para o funcionamento do organismo e devemos estar atentos à sua  qualidade. E uma das formas de medir isso é saber se você está dormindo a quantidade de horas certas. Mas será que existe uma fórmula para calcular isso?
A sabedoria popular ainda nos conta que conforme envelhecemos a nossa necessidade de sono muda –enquanto bebês dormem boa parte do dia, idosos tendem a acordar cada ano mais cedo. Conversamos com alguns especialistas para entender o que muda no sono de cada faixa etária e também se existe mesmo uma redução na conta conforme o tempo passa.



Sono é algo individual


Antes de sair impondo regras de quanto se deve dormir por noite, é importante ressaltar que cada pessoa tem o seu relógio biológico e precisa de uma quantidade de sono  específica. “A liberação dos hormônios funciona de acordo com o ritmo circadiano de cada um”, explica Lucila Bizari Fernandes do Prado, coordenadora do Laboratório de Sono do Hospital São Paulo e do Laboratório de Pesquisa Neuro-Sono.

Segundo ela, a ciência indica oito horas de sono porque, em média, a maioria das pessoas descansa de fato após 7h30 ou 8h30 dormindo. Mas existe quem precise fechar os olhos  por apenas 4h ou até mesmo por mais de 12h. No fim do dia (ou melhor, da noite), o que conta é como você acorda: “Se você sente sua atenção alterada, tem problemas de  memória e acorda cansado, ou você dormiu demais ou de menos ou tem alguma doença do sono”, alerta a médica. Ainda de acordo com ela, você só deve se preocupar se tiver esses sintomas com frequência, pois nesse caso pode ser que haja uma privação crônica de sono.

Afinal, de quantas horas de sono precisamos em cada fase da vida?
É por isso que não há uma resposta fechada para essa pergunta, pois existem muitas peculiaridades relacionadas a questões genéticas e comportamentais.
Apesar disso, a National Sleep Foundation (Fundação Nacional do Sono) dos Estados Unidos, criou uma tabela com os períodos de sono médios para cada faixa etária:

Recém-nascido (0 – 3 meses): 14 a 17 horas por dia
• Bebê (4 – 11 meses): 12 a 15 horas por dia
• Primeira infância (1 – 2 anos): 11 a 14 horas por dia
• Idade pré-escolar (3 – 5 anos): 10 a 13 horas por dia
• Idade escolar (6 – 13 anos): 9 a 11 horas por dia
• Adolescentes (14 – 17 anos): 8 a 10 horas por dia
• Jovem adulto (18 – 25 anos): 7 a 9 horas por dia
• Adulto (26 – 64 anos): 7 a 9 horas por dia
• Idoso (a partir de 65 anos): 7 a 8 horas por dia



Consequências de não dormir o suficiente


O sono é um momento importante para o corpo organizar seu funcionamento. Por isso é importante dormirmos o suficiente para acordarmos nos sentindo descansados. E cada faixa etária tem dificuldades diferentes de sono. Veja a seguir quais podem ser as consequências de dormir menos do que o necessário.



Bebês:

Quando as crianças são recém-nascidas, elas acordam e adormecem várias vezes durante o dia, já que seu descanso acontece em parcelas, o que deixa os pais perdidos e ansiosos, especialmente os pais de primeira viagem.
Conforme vão crescendo, o sono se condensa e os pequenos já passam boa parte da noite na cama e fazem um ou dois cochilos durante o dia. Mas esse ritmo muitas vezes fica bem atrapalhado.“No caso dos bebês e na primeira infância é comum a chamada pressão de sono homeostática, conhecida também como efeito vulcânico, que acontece quando eles cochilam menos do que o necessário durante o dia, seja em termos de quantidade ou qualidade, e ficam extremamente irritados, exaustos e hiperexcitados” conta a pediatra
Thathyana Turassa Ernani, da Cia da Consulta de São Paulo. O resultado desse efeito é impedindo que o pequeno relaxe na hora de adormecer, causando aquela famosa “luta contra o sono”, explica a especialista.E o fato de não dormir o período necessário provoca muitas consequências a curto prazo, como irritabilidade, impulsividade e hiperatividade. Já a longo prazo, a criança pode ter um comprometimento do desenvolvimento físico e intelectual, por exemplo.



Crianças e adolescentes:

“Quando chega à fase escolar, a privação do repouso pode levar ainda a notas ruins, dificuldade na tomada de decisões, aumento nos comportamentos arriscados, diminuição nas conquistas acadêmicas e piora na performance nas atividades físicas, com maior risco de lesões”, diz Com a chegada da adolescência esse quadro acaba se complicando. “Isso porque, eles querem ficar acordados até mais tarde e dormem muito no final de semana, o que não compensa a falta de descanso do resto da semana”, afirma
Rosa Hasan, neurologista e especialista em medicina do sono, responsável pelo Laboratório do Sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.E nesse caso, além de todos os prejuízos já mencionados, há o risco de eles se envolverem em acidentes de carro porque não estão tão descansados e atentos como deveriam.



Adultos:

Na idade adulta o sono muitas vezes é sacrificado por causa do trabalho e outras obrigações. Isso sem falar que não raro as preocupações do cotidiano atrapalham a sua qualidade ou mesmo desencadearem insônia. Apesar de as pessoas conseguirem lidar melhor com a falta de descanso nessa fase, é inevitável ficarem mais irritadas, menos atentas e dispostas.
E em qualquer época da vida a saúde também paga caro por causa da falta de sono acumulada. “O sistema imunológico fica prejudicado e aumentam as chances de uma depressão dar as caras”, conta Rosa. Existem estudos que apontam ainda que há elevação no risco de doenças cardiovasculares, mais chance de engordar, dificuldade de manter a alimentação equilibrada e maior predisposição a alterações intestinais e a diabetes, sem falar nos problemas de memória e aprendizado.

(texto de Thais Szego, Site VivaBem)

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